Na maioria das sociedades do passado e em algumas do presente a doença era vista como castigo dos deuses. O que nos leva ao passado da medicina. Os primeiros curandeiros tratavam os doentes com preces e rituais, que incluíam poções mágicas. A maioria desses preparados era feita com ervas locais.
Os judeus da época do velho testamento são lembrados por seus altos padrões de saúde publica e higiene, e entre este povo da extremidade oriental do mediterrâneo, o uso de plantas para fins medicinais era um costume aceito, o Eclesiastes autoriza e estimula esta pratica: “O Senhor criou os remédios da terra, e o homem sensato não os desprezará”. Dezenas de plantas, do zimbro a mandrágora, do algodão a mostarda, produzem substâncias empregadas pra fins medicinais na época do velho testamento.
Na índia muitas gerações de tradições medicam foram registradas no Ayurveda, uma coletânea de saber védico hindu, compilada pela primeira vez provavelmente por volta da época de Cristo. A própria doutrina remonta ao Rig Veda, muito mais antigo, e a seus hinos dedicados ao deus curandeiro Soma, depois identificado como uma espécie de cogumelo narcótico e alucinógena Amanita muscaria. Os Vedas, escrito originalmente em sânscrito faziam muitas referencias a plantas curativas, incluindo a raiz Rauvolfia serpentina, usada na índia para tratar picadas de cobras, epilepsia, problemas mental e outras doenças.
Ruavolfia serpentina e a fonte da recerpina, agente tranqüilizante e hipotensivo largamente empregado na farmácia moderna. Charaka samhita, abrangente guia herbáceo indiano, cita mais de 500 medicamentos herbais.
Na Grã Bretanha, depois da invasão das tribos germânicas no século V os textos médicos eram em geral traduções anglo saxões de manuscritos latinos, chamados de leech books, eram essencialmente livros sobre ervas e suas aplicações medicinais. Chamados de herbários. O nome leech derivava de laece, palavra do inglês arcaico que significava médico. Um desse herbário mais antigo é o Bald’s Leech book, escrito no século X. A obra combina o conhecimento sobre plantas da antiga Grã Bretanha com receitas do oriente.
Estas ultimas tinham sido mandadas pelo patriarca de Jerusalém Alfredo o grande rei do saxões ocidentais em fins do século IX. Na Grã Bretanha, os fitoterapêutas desta época conheciam mais de 500 plantas medicinais o uso destas plantas na cura registrado por Bald estava muito intimamente relacionado com os mitos e superstições dos ritos pagãos. Com tudo, não foram instituições pagas mas mosteiros cristãos, os repositório de conhecimento médicos durante a idade media, e este conhecimento abrangia plantas medicinais e seus usos.
Nos século VII Hildegard de Bingen uma abadessa alemã compilou um livro de ervas curativas. Esta obra descrevia uma ampla gama de aplicações e sua cura, alem da origem e de tratamento de varias doenças. Viajantes que iam a terras distantes, trouxeram com outros tesouros amostras de espécies de plantas nativas. Mais tarde, a troca de amostras vegetais entre continentes tornou-se por algum tempo um comercio florescente. O grande influxo de plantas já mais vistas despertou um tremendo fascínio pela botânica. Os mais famosos herbários de língua inglesa fora publicados na grã Bretanha nos sec. V, VI e VII. O Grete Herball foi publicado anonimamente em 1926, seguido, em meados do sec. 16, por um herbário escrito por William Turner, considerado o pai da botânica inglesa. Em 1597 John Gerard publicou o Herball or General Histoire of Plantes. Medico e boticário, preparador e fornecedor de remédios, precursor do farmacêutico de hoje.
Agora você já sabe um pouquinho a mais a respeito da historia das ervas em nosso tempo.
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Até a próxima