Diabetes a cura pelo bisturi

Diabetes a cura pelo bisturi

Diabetes a cura pelo bisturi

Especialistas apontam que cirurgia – mais conhecida por tratar obesidade melhora níveis de glicose e diminui resistência dos tecidos à insulina

 

A diabetes acontece gra­ças a um misto entre sedentarismo e má alimentação. Com o intuito de apresentar novas perspectivas no tra­tamento da diabetes tipo 2, com base na indicação ci­rúrgica, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Pau­lo, está em fase de conclusão de uma pesquisa que buscou comprovar os benefícios da cirurgia metabólica para o tratamento da doença. Complementar à pesquisa, o hospital está com uma proposta em andamento, junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM), que visa a modificação dos critérios de cirurgia para o diabetes utili­zando como base um Escore de Risco Metabólico (ERM), e não apenas o índice de Massa Corpórea (IMC).

Segundo o cirurgião e investigador principal da pesquisa, Ricardo Cohen, a obesidade não causa a diabetes. “O paradigma de que ser gor­do é ser diabético é difícil de quebrar. A obesidade e a diabetes não é causa e efeito é uma associação”, declarou. Os benefícios comprovados é na melhora do colesterol, hi­pertensão, glicemia, entre ou­tros. Ricardo Cohen afirmou que o risco de mortalidade é o mesmo de uma operação da vesícula, 0,13%. E 95% ficam sem injeção de insulina e com qualidade de vida. O paciente que fizer a cirurgia ficará dois dias internados, sendo que a primeira semana de recupe­ração será de dieta líquida e a segunda pastosa.

A cirurgia metabólica se volta para os componentes metabólicos do paciente, ao contrário da cirurgia bariátrica que se volta diretamente ao peso. Estas novas diretrizes da cirurgia meta­bólica proposta pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz, serão ajustadas, reaprovadas e em seguida publicada até novembro no Diário oficial da União. Depois disso, as cirur­gias começarão a ser reali­zadas somente nos hospitais particulares.

A cirurgia metabólica en­volve principalmente a modificação do caminho dos alimentos pelo tubo digestivo. Evitando-se a passagem da comida pela porção inicial do intestino, existe imediata diminuição da resistência dos tecidos à ação da insulina, independente da perda de peso, configurando o que chamam de ação antidiabética direta dos procedimentos.

Diabetes a cura pelo bisturi

 

Matéria publicada no Jornal Correio da Paraíba em 13 de setembro de 2015

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