Benefícios da Ômega 3
Evidencias apontam que o nutriente impede o descompasso da frequência cardíaca e o aumento do colesterol, possível consequência do ar sujo das grandes cidades. Desde que se constatou que os esquimós e os povos orientais eram menos acometidos por doenças cardiovasculares a gordura poli-insaturada ômega 3 encontrada nos peixes marinhos consumido regularmente por essa população virou alvo de uma infinidade de estudos. Chama a atenção, porem, uma das ultimas pesquisas que avaliaram sua influência no coração. Tudo por causa de um elo curioso. Segundo o cientista da Agencia de proteção ambiental da Carolina do Norte, o óleo de peixe, fonte do nutriente, resguarda o órgão dos efeitos nefastos da poluição.
Quando inalados, os gases tóxicos tendem a acelerar a frequência cardíaca. Com o coração funcionando em um ritmo alucinado, sobe o risco de sofrer arritmia, quadro capaz de patrocinar uma síncope no coração. Acontece que na pesquisa americana onde 16 voluntários ingeriram cápsulas de ômega3 diariamente, um mês antes da exposição aos poluentes. Ao que tudo indica, o ômega 3 ativa o sistema nervoso parassimpático, responsável por diminuir as batidas do coração. Então, garante-se o equilíbrio em relação ao sistema nervoso simpático, cuja função é oposta, ou seja acelerar os batimentos. Observou-se que o mesmo não aconteceu com os participantes que ingeriram óleo de oliva.
Enquanto os consumidores do óleo de peixe não apresentaram alterações nos níveis de lipídeos sanguíneos aqueles que ingeriram a cápsula com o óleo de oliva ficaram as voltas com um aumento de colesterol e triglicerídeos. O excesso de lipídeos no sangue decorre da ingestão inadequada de alimentos gordurosos ou de doenças. A poluição não é o fator determinante nisso. Há mais de uma versão de ômega 3. As melhores são o EPA e o DHA, porque já vem prontos para o corpo aproveitar. Elas estão na carne dos nadadores de aguas frias e profundas, como o salmão, sardinha, arenque e o atum, e nos olhos de peixe, já as nozes e os óleos de linhaça e canola concentram ácido alfa linolênico, outro tipo de ômega 3, que é convertido em EPA e DHA dentro do organismo.
Os poluentes estimulam a produção de mediadores inflamatórios que contraem os vasos. Esse cenário culmina na elevação da pressão arterial, um perigo principalmente para quem tem histórico na família. Neste caso o ômega 3 exerceria um papel protetor. Os componentes ativos dessa gordura se incorporam nas membranas celulares e geram substâncias anti-inflamatórias, justifica a nutricionista Fernanda Serpa, diretora da Nutconsult, no Rio de Janeiro. A recomendação oficial é comer peixe duas vezes por semana, informa Lis Proença, nutricionista do Incor. Para enfrentar os efeitos maléficos, basta incluir nas refeições alimentos antioxidantes, tais como: abobora rica em betacaroteno, uvas escuras, zinco que estão nas ostras, carnes e cereais integrais, vitaminas C e E. eles impedem o surgimento das inflamações que ocorreriam no organismo.