Depressão – se livre dela na mesa!

 

Depressão – se livre dela na mesa!

 

A depressão é um distúrbio que vem acompanhando a humanidade a séculos, os sintomas, são: tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência. Mas o que você não sabia é que ela está presente mais do que você pensa em sua alimentação.

O psiquiatra Drew Ramsey, professor da Universidade Colúmbia, nos Estados Uni­dos, chegou a apresentar uma escala de nu­trientes cruciais na prevenção e no combate a depressão. Segundo ele, ômega-3, magné­sio, fibras, zinco, ferro, além das vitaminas C, B1, B9 e B12 devem ser predominantes à mesa para espantar a depressão e outros sintomas ligados a ela. Observou-se que uma dieta rica em fo­lhas verdes, oleaginosas e peixes, diminuiu em 50% o risco de depressão.

De acordo com a nutricionista e mestre em neurociências Selma Dovichi, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), quando o fornecimento de nutrientes é reduzido, o sistema nervoso, adota meios alternativos para manter as tarefas em dia. “Mas ele não consegue realizar todas as atividades normalmente”. Entre as tristes consequências disso estão a menor oferta de neurotransmissores e falhas na comunicação entre os neurônios. São alterações que, segundo a professora, elevam a probabilidade de enfrentar desordens mentais, como a própria depressão.

O padrão alimentar que se sobressai contra as sombras da melancolia é a dieta mediterrânea, baseada em peixes, oleaginosas, cereais, grãos integrais, vegetais de cores escuras e azeite de oliva extra-virgem. Ela é o foco de uma longa investigação com cerca de 7 400 participantes, o estudo espanhol Predimed. Estudiosos da Sociedade Internacional para Pesquisa em Nutrição Psiquiátrica notaram um vínculo nítido entre o menu mediterrâneo e a prevenção do transtorno mental — especialmente entre diabéticos.

“Uma dieta de melhor qualidade tem sido constantemente associada a um menor risco de depressão”. O ponto forte de uma rotina alimentar equilibrada é evitar que o organismo fique sob estado de inflamação. “Nesse panorama, há a inibição do chamado fator neurotrófico, responsável por estimular a formação de novos neurônios”, exemplifica o médico Sérgio Tamai, da Associação Brasileira de Psiquiatria. Vários experimentos indicam que irregularidades nesse processo incitariam abalos depressivos.

Certos nutrientes têm afinidade especial com a massa cinzenta. O ômega-3, a gordura boa dos peixes de águas geladas, não foi citada à toa na escala do professor Ramsey. Ela é caríssima aos neurônios. Isso porque a membrana deles é formada por ácido graxo. Se elas forem benéficas, como ômega-3, essa estrutura se torna mais fluida. Com isso, as células nervosas se comunicam com mais facilidade.

Também fica claro que a deficiência de vitamina B12, encontrada em carnes, e de ácido fólico, presente em frutas e verduras, é ligada a manifestações depressivas. Mais um nutriente que merece menção é a vitamina C. Em pessoas deprimidas, provavelmente as doses necessárias para isso teriam que ser maiores do que as obtidas por meio da comida.

Para evitar esses sintomas, é necessário ter no cardápio estes ingredientes par uma alimentação adequada. Os carboidratos estão em alta na lista. Afinal, eles se transformam em glicose, que dá energia e fluidez para o cérebro funcionar.

Dietas que restringem esse nutriente causam um estresse gigante para o organismo e deixam o cérebro passando fome. As melhores versões são aquelas obtidas em frutas, oleaginosas, grãos e cereais integrais. Alimentos mais naturais e integrais contêm mais fibras, que também prestam serviço à nossa cabeça.

Só que a ação não é tão direta. O que ocorre é que essas substâncias influenciam, no nosso ventre, a composição da microbiota intestinal, deixando-a com um perfil de bactérias positivo. E já existem evidências contundentes de que povoar a flora intestinal com pro bióticos fortalece o sistema imunológico e favorece o bem-estar cerebral, a vitamina B1 participa da produção dos neurotransmissores para levar os sinais de um neurônio a outro, ela transforma açucares e gordura em energia para dentro das células, você pode encontra-las na gema de ovo, leite e nos cereais.

O ferro também é importantíssimo, pois ajuda na fabricação de serotonina, que leva a tranquilidade e relaxamento. Outra fonte de prazer se encontra nas frutas vermelhas, no tomate e no chocolate amargo. Todos estes são rica fonte de flavonoides além de antioxidantes ajudam na ação dos neurotransmissores. Abuse também da vitamina E e do Omega 3 este ultimo tem ação anti-inflamatória na membrana dos neurônios.

Depessão o lado triste do cardápio

Tem uma situação que acaba com a felicidade dos entendidos na área. Se não bastassem as pessoas deixarem de se alimentar com produtos saudáveis, para a  mente, elas ainda se empanturram de porcarias, com alto consumo de açúcar, sal, alimentos refinados e gordura saturada, que contribuem para o surgimento de sintomas depressivo, tais como biscoitos recheados, frituras refrigerantes e gorduras trans em excesso são o perigo entre outras.

Em um experimento o nutricionista Cristiano Mendes da Silva, do Laboratório de Neurociência e Nutrição da Universidade Federal de São Paulo. Após oferecer uma dieta rica em gordura saturada a cobaias durante a gravidez ou a amamentação, ele percebeu que o cérebro dos filhotes saiu lesionado.

Além de atraso no desenvolvimento de certas habilidades, notamos um comportamento mais propenso à depressão. Felice, da ISNPR, encontrou a mesma conexão em um estudo com mais de 20 mil mulheres e suas crianças. Os filhos daquelas que tinham uma dieta desequilibrada na gestação apresentavam mais atitudes relacionadas a desordens mentais.

Compreender isso é importante se quisermos prevenir estas doenças. Em um estudo realizado nos Estados Unidos, cientistas recrutaram gente mais velha com sintomas depressivos para testar uma nova forma de psicoterapia.

“Seguir uma alimentação saudável certamente dará recursos extras para sua recuperação”. Não significa que os remédios iriam para escanteio. Mas, combinados a nutrientes especiais, talvez eles funcionem mais rápido e melhor. Em uma doença limitante como essa quanto mais rápido a mudança de hábitos nociveis para os saudáveis, mais rápido o corpo responderá.

 

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