Mudanças no conceito de alimentação saudável

 

Com o avanço das pesquisas científicas, o conceito de alimentação saudável vira e mexe acaba mudando.  Fique por dentro das novidades e atualize o seu prato. Associado ao aumento do colesterol ruim, o ovo foi, por anos e anos, visto como um inimigo da boa saúde. Depois de muitas pesquisas, a ciência resolveu absolvê-lo, mostrando que o alimento é capaz de prevenir coágulos no sangue, derrames e até doenças cardíacas. Outro injustiçado foi o chocolate, hoje bem-vindo em qualquer dieta equilibrada — desde que seja do tipo amargo, rico em antioxidantes, que afastam o envelhecimento precoce. Esses exemplos provam que, de tempos em tempos, novos estudos provocam uma revolução no conceito de alimentação saudável e acabam nos obrigando a repensar a comida que levamos à mesa.


CARNE VERMELHA?
Só se o gado for alimentado com pasto. Já faz tempo que os médicos nos aconselham a reduzir o consumo da carne vermelha, alegando que ela prejudica o sistema cardiovascular. No entanto, é inegável que se trata de um alimento rico em proteínas, vitaminas e minerais. Além disso, é fonte de coenzima Q10, ótima para o coração; ácido fólico, que mantém a integridade celular; e gordura monoinsaturada (pasmem!), capaz de elevar o bom colesterol. “Mas só garantimos esses benefícios consumindo carne de gado que come pasto, pois ela fornece ômega 3, essencial à saúde”, diz Wilson Rondó Jr., autor do livro “Sinal Verde para a Carne Vermelha” (ed. Gaia). “O boi criado preso come ração à base de ômega 6, que em excesso causa doenças.

Dica: Na hora da compra, procure se informar sobre a origem da carne, pois ainda não há um selo que ateste sua qualidade. E coma sempre ao ponto — torrada, ela libera substâncias cancerígenas.

A SOJA ERA MOCINHA
Agora é a vilã da vez. Uma lista feita recentemente pelo FDa, órgão americano que regula alimentos e remédios, indica que o grão pode causar problemas digestivos, hormonais e de tireoide. E mais: induzir o aparecimento de mais de 70 tipos de câncer! Como tem custo baixo, os derivados da soja são usados em grande escala pela indústria alimentícia. Óleos vegetais, margarina, atum enlatado, sucos e bolachas, entre outros produtos, contêm traços do grão. Moral da história: engolimos a soja mesmo sem querer…

Dica: Evite o consumo do grão. o tipo fermentado, como o missô, é mais seguro para a saúde.

VAI DE PEIXE?
Aposte nos menores. Hoje, sardinha e pescada são os tipos mais saudáveis, e não pesam tanto no bolso. Já o salmão, melhor tirá-lo do prato. Isso porque o tipo que consumimos no Brasil é criado preso e alimentado com ração, o que torna a carne fonte de ômega 6. “O original, rico em ômega 3, de águas geladas esta quase extinto”, afirma Wilson Rondó Jr. A alimentação à base de ração, rica em grãos, aumenta a taxa de ômega 6 no organismo, comprometendo a saúde a longo prazo.

MANTEIGA
o culto ao corpo magro aboliu a manteiga do nosso cardápio. Só que o alimento, além de deixar a comida mais saborosa, ajuda na absorção de nutrientes, como o cálcio e as vitaminas a, D, E e K, que precisam dela para se tornarem solúveis. No entanto, aqui vale a mesma regra da carne: é preciso consumir manteiga obtida a partir do leite do gado alimentado com pasto.

Dica: Passe manteiga no pãozinho do café da manhã, sem exageros.

ÓLEO X BANHA
Substitua os óleos vegetais, como o de canola, milho, girassol e soja, fontes de gordura hidrogenada, pela banha de porco, de preferência orgânica. O alimento é fonte de gordura saturada, necessária ao bom funcionamento do nosso organismo, inclusive do cérebro. “Se não encontrar a banha, use óleo de coco no preparo dos pratos, um tipo saudável, que mantém as suas propriedades mesmo em altas temperaturas”, diz a nutricionista Andréia Naves.

ORGÂNICOS
Livres de agrotóxicos e outras substâncias químicas, frutas, verduras e legumes produzidos de forma sustentável são benéficos à saúde, pois concentram uma quantidade mais significativa de nutrientes. “Você paga mais por eles, mas, em compensação, vai economizar na farmácia”, resume Wilson Rondó Jr. A contaminação pela bactéria Escherichia coli, detectada recentemente em alguns vegetais na Alemanha, serve de alerta: é preciso higienizar com capricho qualquer tipo de alimento, independentemente do modo como é produzido. “Isso porque, com o uso constante de fertilizantes químicos na agricultura, os “bichinhos” acabam se tornando mais resistentes aos medicamentos”, conta a nutróloga Luciana Carneiro (RJ).

Dica: Higienize os vegetais com peróxido de hidrogênio. Já o hidrosteril deve ser evitado, pois contém uma quantidade excessiva de cloro, outra substância maléfica ao organismo.

Fonte: revista Maxima

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